sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

De máscaras e leprosos

“Negar nosso lado obscuro poderá fazê-lo voltar-se contra nós.” My Dying Bride – Love's Intolerable Pain

Uma das poucas verdades reais está contida nessa estrofe.
Ninguém é feito apenas de felicidade, bondade e alegria. Aqueles que pensam de tal forma estão se iludindo, negando a própria natureza canibal e competitiva da humanidade. Não há um só humano que nunca sentiu raiva, ciúmes, cobiça ou qualquer sentimento tratado como “impuro” ou “mal”.
Alguns tendem, em busca de uma vida ideal (portanto utópica), a negar tais sentimentos, ou até mesmo a se culpar por pensar com raiva ou cobiçar um determinado objeto.
Acontece que, quando a cegueira se une à negação, os pensamentos positivos, que teoricamente trariam a felicidade, terminam por ter o efeito contrário, colocando a pessoa cada vez mais para baixo, uma vez que ela percebe que nunca conseguirá ser a pessoa que sempre sonhou em ser.
Aparentemente os otimistas são os seres mais masoquistas da raça humana, pois mesmo vendo que sua idealização de si mesmo é algo impossível (e sofrendo por causa disso), eles insistem em negar sua personalidade natural e forçam as máscaras felizes na presença dos outros, sabendo que por trás daquele lindo sorriso jaz a carne leprosa do seu eu infeliz.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

My Dying Bride - Thy Raven Wings



In fiery flight we would leave
this hall
The Holy house, House of
God will fall
To death they go with music
and song
But our dread simply must
go on

I feel our need to feed goes on
For our greed, watch them
bleeding on
This hour's ours, with open
arms go on

Crowned with thorns and pain
was he
Raised our hands and slew
him utterly
Crimson waves of the tears
of war
This is what we were put
here for

Eden falls, Mercy for life
I hear their calls
Stood and watched them die
Heaven crawls. Wings burn
on high
Beauty falls. Beg unto me
why?

Fold thy raven wings
'Tis our duty, darkness brings
If this day be our last
Our victims await
For they are vast

In fiery death we will crawl
away
Content we lived for each and
every day
Black and burned with a
stench of decay.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Verdade e verdades

O general morreu.

Para os soldados foi uma morte valorosa, justa.

Para os sacerdotes foi um anúncio divino do fim dos tempos.

Para o povo foi uma fatalidade inevitável.

Para o governo, conspiração.

Para o inimigo foi um boato.

Para mim, nada.

Para o general foi o fim.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Amor..?


Coito
Sexo
Transa
Foda.
Seja qual for o nome, tudo aponta para a mesma coisa.
Seja qual for a sensação, tudo instiga à mesma coisa.
"Ah, meu amor..."
Amor..?
Onde? Se vejo apenas duas pessoas estranhas entre si?
Ahh, sim, sim... Entendi.
Não há o amor que traz o sexo... É o sexo que traz o amor.


... Ou não?

O Otimista


Frente ao caos ele ri.
Frente ao mundo, a esperança.
Em si mesmo ele grita.
Dentro de si ele chora.

País de Cegos



A imágem já diz tudo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

OS MARXISTAS E A IMBECILIZAÇÃO DO HOMEM: A PSICOPOLÍTICA

O seguinte artigo é baseado no livro “Psicopolítica - Tecnica del Lavado de Cerebro” [Psicopolítica - Técnica da Lavagem Cerebral] (GOFF, Keneth. Buenos Aires: Editorial Nuevo Orden, 1966; 122 p).


O autor é um ex-militante comunista norte-americano que largou o Partido Comunista ao ter contato com a dita Psicopolítica: técnicas e subterfúgios ensinados durante o doutrinamento comunista para, literalmente, domesticar o homem.


O livro é um apanhado das técnicas ensinadas pelo Partido Comunista em um manual de Psicopolítica - ao qual o autor e mais outro, Charles Stickley, tiveram acesso por volta da década de 50 - visando a imbecilização e posterior domesticação dos homens que, privados da arte de pensar e imbuídos de concepções prontas e fabricadas pelo marxismo, funcionariam como verdadeiras marionetes, repetindo em uma aceitação tácita tudo quanto lhes fosse passado pelos dissimulados comunas, inimigos da liberdade e da ordem.


Uma vista rápida no Indíce mostra a profundidade da obra. Ela revela, por exemplo, como o marxismo quer constituir o homem como um organismo meramente econômico (Capítulo II), desvinculado de qualquer objetivo maior, qual seja, o desenvolvimento intelectual, moral e espiritual; quais são os objetivos estatais para o indivíduo e para as massas (Capítulo IV), que envolvem desde sua domesticação até a instauração da desordem; como o marxismo busca provocar a degradação do homem (Capítulo VIII); como a Psicopolítica e a lavagem cerebral das massas influem na difusão do comunismo (Capítulo XI); como o marxismo se usa de “idiotas úteis” para a difusão de suas burrices (Capítulo XIII); como a destruição dos grupos religiosos e o estímulo ao ateísmo constituem parte essencial da abordagem e difusão do marxismo (Capítulo XIV); entre outros assuntos que mencionarei à medida que for lendo.


No prefácio, o grande sacerdote argentino Pe. Julio Meinvielle, Teólogo notável pela sua erudição e aguerrida oposição às tendências descristianizantes do mundo moderno, traça os contornos principais da manipulação promovida pelos revolucionários em prol da imbecilização do homem.


Começa o Padre Meinvielle com a constatação de que a intenção do comunismo é a criação de um homem novo, um homem puramente material, que possui os olhos no chão, o coração nesta terra, completamente desvinculado de alguma maior pretensão para sua vida, desvinculado de Deus e assim de si mesmo:


“El comunismo intenta la creación de un hombre 'nuevo', totalmente nuevo, y diferente de aquel que ha conocido la tradición humana e cristiana de los pueblos. En esa tradición, como he tenido ocasión de exponerlo en recientes obras, el hombre trabaja para disponer de riquezas que le aseguren el vivir; vive para conseguir un alto enriquecimiento cultural de la vida del pensamiento; piensa, en fin, para acercarse a Dios que es su Principio y Fin. El hombre en definitiva está hecho para contemplar a Dios. Podrá, es cierto, ocuparse de otras muchas actividades pero sólo en la medida en que le dispongan y preparen para esta su tarea esencial, que es lo único para lo que ha sido creado. El comunismo, en cambio, al suprimir a Dios del horizonte del hombre, sostiene que éste no es sino una herramienta de trabajo, útil en la gran fábrica en que se transforma toda ciudad de hombres” (MEINVIELLE, Julio. La Psicopolítica, Ciencia y Arte Fundamental del Comunismo; in: GOFF, Kenneth.Psicopolítica - Tecnica del Lavado del Cerebro. Buenos Aires: Editorial Nuevo Orden, 1966, p.9).

Importante é a constatação de Meinvielle de que o comunismo quer criar um homem “novo”: novo para os parâmetros de nossa civilização, constituída sobre a sobriedade do Direito Romano e alicerçada nos mais altos valores e virtudes cristãs. Por isso quando o marxismo chegou ao Ocidente, deparou-se com uma realidade distinta e oposta aos seus propósitos, uma realidade que não lhe daria o domínio político: havia algo de diferente na população ocidental prevalentemente católica, havia algo de incondizente com o marxismo naquelas leis inspiradas no Direito Romano e buriladas pelo pensamento de São Tomás de Aquino. O marxismo não podia - em seu sistema burro, frágil e cheio de estruturas podres - com essa fortaleza, personificada no Papado e na Igreja Católica.


Daí a constatação de ser preciso antes mudar toda a mentalidade ocidental para então modificar suas estruturas - exatamente o oposto do que previra Marx em seus trabalhos: mudar estruturas para impor pensamentos. Essa é a tese do marxismo cultural, forjado nas entranhas de mentes maldosas como Gramsci e Marcuse.


O comunismo, buscando desvincular o homem de qualquer desenvolvimento moral e espiritual por meio da exclusão de Deus e da inteligência, pretende transformar o homem em “uma ferramenta de trabalho, útil na grande fábrica em que se transforma toda a cidade de homens”.


A domesticação do ser humano no marxismo envolve, constata Meinvielle, uma compreensão de mundo completamente distinta: um mundo compreendido segundo a dialético hegeliano-marxista, onde não há cooperação e bem comum, apenas “luta de classes”.

“Todo ha de convertirse en Guerra Revolucionaria contra el hombre. Guerra Revolucionaria por la conquista del poder en un pueblo y luego, ya en el poder, Guerra revolucionaria para convertir al hombre en un mero esclavo de la nueva sociedad revolucionaria” (idem, p.10).

Para que esta Guerra Revolucionaria obtenha resultados é preciso, conforme já demonstrado, a desordenação dos valores fundamentais à nossa sociedade, mudando, segundo o programa do marxismo cultural, a mentalidade humana para depois mudar as estruturas; daí o uso indispensável pelo comunismo da lavagem cerebral, da Psicopolítica, definida pelo Padre Meinvielle como a arte fundamental do comunismo:

“Pero para que la Guerra Revolucionaria sea realmente eficaz no debe actuar desde fuera del hombre sino en el hombre mismo y en su totalidad, alcanzando no sólo al cuerpo, sino tambén al alma. De aquí que el comunismo preste cada vez mayor atención a la ciencia de la Psicopolítica o ciencia del lavado del cerebro” (p.10).


A Psicopolítica utilizada pelo comunismo para a lavagem cerebral visa essencialmente a domesticação do homem: imbeciliza-se o homem, faz-se dele nada mais que um receptor passivo de idiotices revolucionárias (seja com relação à política, aos costumes ou à religião) e se lhe convence de que estas idéias são suas, não fabricadas pelos revolucionários; e assim os homens, tratados como bestas animalescas, domesticadas nas mãos de experts psicopolíticos, se tornam robôs, militantes da causa revolucionária anticristã no mundo, mesmo sem o saberem, no mais das vezes.

[La Psicopolítica] es, con toda verdad, la ciencia de la domesticación de los pueblos. Una nueva especie de ciencias arquitectónicas que, echando mano de todas las conclusiones de las otras ciencias humanas, en especial de la Psicologia y Sociolagía, trabaja en la elaboración de un nuevo tipo de hombre domesticado. [...] El lector ha de advertir prontamente que ele grandioso progreso operado por las ciencias fisio-psicológicas y psiquátricas de los últimos cincuenta años ha sido puesta al servicio de esta praxis de transformación de la psiquis humana. Una praxis podríamos decir diabólica de transformación del hombre. [...] Por la práctica de la Psicopolítica pueblos enteros se convierten en laboratorios donde individuos o grupos más o menos grandes de individuos son sometidos con diferentes técnicas a un tratamiento de domesticación, como se fueran vulgares bestias, de las que no se trata sino de lograr el mayor rendimiento con el menor esfuerzo. De esta suerte, ciencias nobilísimas como la política y la economía que hasta aqí eran consideradas como ciencias de valor humano, se convierten en técnicas de domesticación colectiva que no rebasan la esfera de la fisiología animal. ele hombre no es sino un ser, movido por diversos instintos, cuya manipulación puramente fisiológica ha de resolver en manos de expertos psicopolíticos, los grandes problemas de la condución de los pueblos” (p.10-12).

Conclui o Padre Meinvielle salientando que este autorizado texto de Psicopolítica “há de contribuir para criar consciência da terrível periculosidade do comunismo” (p.12).


No Brasil, o marxismo cultural tem estado à todo vapor. O Governo Lula faz uso largo da Psicopolítica e da lavagem cerebral, especialmente no que se refere a fazer derrocar os valores mais caros do país. O ativismo gay abertamente declarado do Governo Federal, o seu abortismo mais que explícito, seu ódio à Família - base da sociedade, segundo a Constituição -, sua ridicularização do Cristianismo (com a conivência de amplos setores da CNBB, imbuídos que estão da Teologia da Libertação vários dos Bispos brasileiros); tudo isto envolve uso aberto da lavagem cerebral e da Psicopolítica.

A imbecilização da população que vive no “Brasil” - cujo caminho para a consecução foi longo e remonta à Era Vargas - serve hoje, ao Governo, para a manipulação dos homens, para domesticação dos brasileiros e seu tratamento como meros animais puxados por uma coleira no pescoço, marionetes obedientes às intenções mais sórdidas do Governo Federal.

A destruição da Família, célula-mãe da sociedade, destruição claramente prenunciada na luta governista pelo aborto e em prol do ativismo gay, possui a clara intenção de desvirtuar a ordem moral e social bastante sólida no “país” “brasileiro”. E com isso se espera a instauração plena da Revolução e do Anticristianismo no “Brasil” (Lula inveja seriamente o seu vizinho, Hugo Chávez).


Prova cabal do emburrecimento do “brasileiro” - ao lado da aceitação tácita das premissas governistas violadoras da família, da moral e da ordem - está na grande e preponderante - senão única - importância que tem dado o “brasileiro” ultimamente ao “milagre econômico lulista”, esquecendo que, se ocorre tal milagre - assentado em iniciativas de governos passados -, ocorre, concomitantemente, uma guerra declarada à Família “brasileira” e ao homem “brasileiro”, que é tratado como animal domesticável, mero imbecil manipulável.


O “brasileiro” não pode deixar-se enganar, pois, pelos subterfúgios de lavagem cerebral do Governo Lula. Ao lado de todo o discurso milagreiro-econômico - como o indispensável “nunca antes na história desse país” - está necessariamente uma lavagem cerebral domesticadora e imbecilizadora do homem, cujo objetivo é, conforme já demosntrado, a manipulação do homem, a derrocada dos valores fundamentais desta nação, a destruição da Família, base e alicerce da sociedade, e a instauração da Revolução e do autoritarismo.


Quem quiser ser imbecil - para estar conforme o desejo do Governo -, que o seja, mas sabendo que sua escolha comporta necessariamente a escravização e destruição sua e de toda a sociedade, peso seríssimo para a alma de qualquer homem.


A vacina contra a imbecilidade está, pois, no contestar o status quo anticristão, modernista e marxistóide imposto pelo mundo moderno, insuflar-se do espírito cristão e partir para a cruzada contra a Revolução.


Retirado de: http://www.nuevorden.net/portugues/r_985.html

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A Ultima Tentação do Éden


Toma o seu, me dá o meu.
Mas por que ele tem tanto e eu tão pouco?
Meu carro, Minha casa, Meu emprego, Meu cachorro, Meu mundo...
Meu
Eu
Tenho
Quero
Vou...
Todos queremos desfrutar da vida. Todos somos egoístas. Todo homem é egoísta.
Todos queremos uma mordida da maçã. Todos vamos pra cima. Nem todos conseguimos o que queremos.
A maçã é para todos. Nem todos são para a maçã. Igualdade é utopia.
Por ela se mata. Por ela se morre. Tudo por ela, A Ultima Tentação do Éden.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Novo Homem



Em sua superfície tudo parecia perfeitamente normal, tudo nos conformes.

Não era feio, usava roupas normais, vida social relativamente boa, tinha uma quantidade considerável de amigos.

Seus pais o amavam, seus amigos o amavam, sua vida o amava.

Mas ele não.

Por baixo da pele seus ossos pareciam ferir-lhe a carne, cavando, cortando, lacerando, procurando um meio de encontrar a luz, de sair da escuridão de seu interior.

Seus olhos, globos de vidro que sempre se refletiam felizes, traziam, em seu núcleo, a confusão e a incerteza que parasitavam sua alma.

Sua garganta, afinado reprodutor de desejos, era uma erupção de silenciosos gritos dolorosos de angústia e aflição mentais.

Eis ele, que tudo comanda.

Eis ele, que tudo vê.

Eis ele, O Novo Homem!



Treva ou Trevas?


Treva ou Trevas?

O vazio ou a noite escura, de seres obscuros?

Preferes a calmaria ou a inércia?

O nada ou o lugar algum?

Tua mente ou o mundo?

Tuas idéias ou a mudez?

A vida ou o coma?

Social? Natural?

Bem ou Mal?

O império dos fracos ou a ruína dos fortes?

A consciência ou a animalidade?

Faça sua escolha: Treva ou Trevas?



Fim da Festa


Até quando dura um momento feliz?

Seria necessário a presença de outras pessoas (ou a existência de outras pessoas) para atingir algum curto período de felicidade?

Será que somos (ou nos tornamos) tão dependentes assim que não conseguimos ser felizes sozinhos? Será que precisamos sempre que alguem complete algo que nos falta?

Muitos não conseguem entender como alguns conseguem (e querem) viver sozinhos, acham que são loucos.

Seria a falta da necessidade de “calor humano” o princípio da loucura? Ou seria o princípio da sanidade?

Muito bem, muito bem, os solitários, os desligados, os quietos, os isolados são loucos!

Mas o que seriam todos aqueles outros? Todos aqueles viciados em pessoas, aglomerações, festividades e carícias? Seriam eles os normais? Seria essa carência normal?

No fim somos todos loucos, doentes e vadios.

No fim todos seremos carne morta.

Na verdade não há verdade.

Na verdade não há mentira.

Na verdade... bem, na verdade a vida é o Fim da Festa.



domingo, 25 de outubro de 2009

My Dying Bride - Bring me Victory






Is there anything left of me to save?
My life is like a carnival
My body a sunken grave
It's what I have to do to distance me from you
There's a suffering inside
And my veins are showing through
A man become a child. Are you happy with your prize?
With haunted looks of fear
I step away from your side
My mind a fractured ruin. The crushing of my soul
It is time to spread my wings
To fill this empty hole
It has now begun. The forces under me
Will conquer all before
And bring me to my victory

I've seen that man before
Down from the fall
And now standing tall
I've seen this
I have been this
And now I am
my own man

No more misery
Look outside and see
What are you waiting for?
Pick yourself up
Get up off the floor

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Trilha

Assim como uma gota de sangue num poço largo
A vida se dissolve
Lentamente se contorce
Vagarosamente some

Qual a função da vida?
Tal qual o sol em dia limpo
Ela pode sumir num instante por um eclipse
Ou pode descer decadente, anoitecendo

Mate uma matiposa e seu corpo perecerá
Deixe-a viver e a morte a caçará
A morte é para os vivos
Não te assustes, todos passam

E até os gigantes caem.

Enfim Só

Canto meu calado encanto
Escorro lento
Sumo enquanto
Canto

Marco o passo
Com o compasso
E com um forte abraço
Talvez a chama apague, enlaço

Não carrego mais as flores de agosto
Com as quais lhe presenteei
E que, com indiferença, recusaste

Mas vou
Melhor sem você, porque
Antes só do que vazio

Criatura-Criador

Avante, cocheiro!
A noite vai alta
E tenho pressa
Muita pressa!

Vamos, cavalos!
Corram, dê-em tudo de si
Eu preciso chegar lá
Vamos, tenho pressa!

Afogo-me nesta luz pálida
Que, sem vida, me entretém
Enquanto o trepidar constante e irritante
Me faz esquecer do meu destino
Que ainda se faz longe

Ó, quão perturbador é o rufar mecânico das criaturas!
Quão severos são os olhos das câmeras!
Quão egoístas são os criadores e quão semelhantes às criaturas!
Qão profundo se tornou o abismo para o qual tendemos a seguir!

Pápido, motorista!
Já passa da meia noite
Temos que chegar ao fim
Temos que acabar!

sábado, 5 de setembro de 2009

Militares no poder, nunca mais!

Militares no poder, nunca mais!
Net 7 Mares


(texto atribuído erradamente a Millor Fernandes, atribuição equivocada, vez que Millor, que combatia o regime militar no seu semanário "O Pasquim", jamais poderia tê-lo escrito ainda que em termos irônicos).

Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças.


Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista. Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora, sem contar a mania de abrir novas estradas de norte a sul e de leste a oeste, o que deixou os motoristas atarantados e perdidos, sem saber qual caminho tomar para chegar ao destino.

Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que vinham do sul, passando pelo Rio, em direção às cidades litorâneas do sudeste acima do Rio e nordeste, contornando a baía num percurso de mais de 100 km. Encurtaram o tempo de viagem entre Rio e Niterói, é verdade, mas acabaram com aquela gostosa espera pela barcaça que levava meia dúzia de carros de um lado a outro da baía.

Criaram esse maldito Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. E, para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); mas nem isso adiantou nada, porque, com o álcool mais barato que a gasolina, permaneceu o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do inventado combustível.

Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.

Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego em milhares de obras, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".

Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo, o que veio a ser outra desgraça, porque, além de atrair mais inveja, infernizou a vida dos que moravam perto dos estaleiros, com aquela barulheira da construção desenfreada.

Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Ora! Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.

Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. Por causa disoo, o Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.

Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para o início das obras e, com elas, atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.

Inconseqüentes, injustos e perversos, esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.

Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque esses, que os milicos, em flagrante exagero, chamavam de terroristas, soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.

Os militares são muito estressados. Fizeram tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.

Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.

Para piorar a coisa, se tudo isso ainda é pouco, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder dos empregados contra os seus patrões.

Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.

Outras desgraças criadas pelos militares:


Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos de um Oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que, por falta do que fazer, inventou o sistema PAL-M.


Criaram ainda a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM e mais um penca de instituições, cujo amontoado de siglas nos levou a confundir nomes.

Todo esse estrago e muito mais, os militares fizeram em 22 anos de governo. Com isso, ganharam o quê? Inexplicavelmente nada. Todos os Generais-Presidentes foram para casa, levando apenas o soldo do posto. Se tivessem ficado ricos, um pouquinho que fosse, ainda dava para entender essa quantidade absurda de obras. O último deles, um tal Figueiredo, que sofria de um mal na coluna, teve que se valer de amigos para pagar tratamento com especialista. Ora! Então essa zoeira toda de obras foi só para complicar a vida simples das pessoas.


Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.
Graças a Deus! Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!


Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:


"Militar no poder, nunca mais!!!".

Anselmo Cordeiro (Net 7 Mares)
Link pro texto original: http://net7mares.blogspot.com/2011/06/normal-0-21-false-false-false.html

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O Grotesco

Brigas comigo
Olhas imponente
Mas por dentro treme
Por dentro chora

Ameaças feitas
Raivas distribuídas
Palavrões ditos
Olhares aflitos

Não desejas acreditar
Não queres ver
Tua idealização de mim caiu por terra
Quebrei teu sonho

Sabes que não sou como querias
Mas te negas a enxergar
Sei que sou o oposto do teu sonho
Sei que sou um canalha

Como um sonho ruin
Gritas para tentar afastar o medo
Mas os gritos não ajudam
Os gritos te afogam em teus sonhos

A verdade só virá com a queda das tuas crenças
Crêdes no impossível
Tentas consertar um erro que não foi teu
Mas não sabes por onde começar

Tendes a achar que verdades são mentiras
Pois a venda ainda não lhe caiu
Tentas regredir aos doces tempos
Em que tua crença não caiu

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

À Deus

Pai Nosso que Estás nos Céus:

Venho, através dessas mal traçadas linhas, expressar minha total descrença em Vossa obra prima, a humanidade. A idéia era boa, confesso, mas o produto final saiu com alguns defeitos gritantes de fabricação, defeitos esses que vêm causando a degradação, a destruição, o corrompimento de seus amados bonecos, digo, filhos. Acho que, em busca de aprimorar a criação e tornar-nos mais... independentes, você acabou por exagerar na dose de egoísmo, canalhice, possessividade e livre arbítrio.
Não é de hoje que os interesses pessoais vem predominando sobre o interesse comum, que deveria ser nosso objetivo. Na Roma Antiga, por exemplo, quantos foram assassinados sob o pressuposto de serem Inimigos do Estado quando, na verdade, eram inimigos apenas de um ou outro senador de maior influência (qualquer semelhança com os dias de hoje NÃO É pura coincidência). Não, Deus, não adianta usar a desculpa de que eles desconheciam a Ti, simplesmente não cola. A Idade Média tá aí e não me deixa mentir... nem a Ti, aliás. Por séculos a Sua Igreja trucidou inocentes de acordo com sua vontade e seus interesses, tudo em Seu nome. E aí, que me diz?
Calma, calma! não precisa ficar nervoso! Cadê aquela tão famosa paciência infinita? Não estou fazendo nada mais que minha obrigação como humano, e, portanto, filho (ou marionete) Seu. Parece que o Senhor anda meio desligado do mundo, sabe? A Terra mergulhou num poço de vícios, crimes e perverções e, sinceramente, acho que já é o momento disso tudo acabar, tá na ora de desligar o som, recolher as drogas, vestir a roupa e acabar com essa rave.
Muito embora eu seja apenas mais um boneco criado por Vossa Divina Vontade (e muito embora essas verdades tenham te deixado puto da vida), não posso negar a o que está aí.

Amém.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

My Dying Bride - The Prize of Beauty




I cannot turn my life unto you.

A storm of ebony hair.
A hail of wickedness.
Handsome as a God.
Wild and shameless.
Given the prize of beauty.
Image of wretchedness.
Divine like no other.
Kiss the poison breast.
Flamed like the sun.
Lives made undone.
Words soft as snow.
Souls claimed and won.
An opiate drugged haze.
Beds of shapeless dust.
Cries all night.
Dreams of my filthy lust.
Lair of hopelessness.
Mires of sorrow.
Never fails.
Our lives are borrowed.
Hold fast my soul.

She waits for me in my dreams.
Every night misery brings.
Haunts my day. Haunts my wake.
Oh, my lord can't you feel her grow,
inside of me. Tearing my mind.
For once my lord please help me
Believe in you.

She claims the day in her name.
Over you and over me.
We dare to be ourselves.
Next to her and all her war.
She comes our way and takes the day,
From my hands, it is her way.

The milk of woman fill up my
Branching veins and lonely heart.
Trembling children she adores,
and gives flight to her art.
When April sheds her fitful rain,
Glory be, we may live again.

Truly my hope will perish within her.
Truly as always I cannot forgive her.
Cruelly she keeps me near to her.
Forever to this day.

sábado, 15 de agosto de 2009

Incertezas

E talvez um dia nós ainda nos vejamos
E conversaremos como tanto já conversamos
Anos talvez se passem
Memórias de dias passados que nunca somem

Talvez o sol que naquele dia brilhou
Ganhe força e ilumine o mundo
Talvez seja coberto por nuvens
Mergulhando na escuridão

Talvez a morte não seja o fim
E a verdadeira vida seja lá, enfim
Talvez a carne apodreça
E com ela nossa vida

Talvez sejamos apenas adolescentes tentando definir a vida
Talvez não haja definição certa
Apenas a lembrança incorreta
De fatos vividos da maneira certa

Talvez eu creia numa melhora
Talvez sonhe com um dia melhor
Talvez escreva poemas melhores
Talvez essa incerteza finde, por fim

domingo, 9 de agosto de 2009

A alienação é LINDA...

A humanidade se prova mais e mais inútil a cada dia que passa.
Só se sabe reclamar, dizer o que tá errado, apontar pra a cara do outro e dizer "a culpa é sua, assuma sua merda!". Ninguem se interessa em tentar mudar as coisas. "Isso é dever dos dirigentes" dizem.
Mas como é que eles vão fazer alguma coisa se, em primeiro lugar, nós não cobramos? Eles não tem ainda o dom da clarevidência, infelizmente.
E outra: como eles vão se mobilizar se essa merda toda daí favorece a eles?
"Ah, mas não é a minha cara esse tipo de coisa..." alguns respondem. É então que eu digo: vão pra a puta que pariu. Como querem exigir mudança sem se pôr a serviço das causas?
Talvez, um dia, quando estiverem morrendo de fome ou de alguma doença incurável, essas pessoas que 'não tem cara' pra levantar a mão e exigir seus direitos saibam abrir a boca e berrar sua linda voz passiva.

sábado, 8 de agosto de 2009

O Artista

Sentiu enorme alívio ao sair do helicóptero. Não só porque os lençóis o sufocavam, mas porque aquilo marcava a conclusão de um sonho. Finalmente, a liberdade.

Esse seria seu grande triunfo, sua grande surpresa para o público.

Nunca ninguém teria tido a audácia de fazer algo igual, será um sucesso! Ele não pode se conter de ansiedade, com certeza depois deste dia ele ficará imortalizado.

"Foi simples arrumar um atestado de óbito e mascarar a situação para enganar o mundo", pensa. Agora todos acham que ele está morto e que sua grande arte foi para o túmulo com ele. Talvez uma maldade, mas que justifica todo o sofrimento pelo qual passou, ou melhor, pelo qual o fizeram passar.

Assiste na televisão toda a comoção causada por sua morte e sente um júbilo maligno por isso, sente-se jovem outra vez, como nos seus bons tempos de sucesso. Não se importa com o sentimento dos fãs, aliás, que fãs? São sequer fãs? Abandonaram-no quando mais precisava, empurraram-no num poço de lodo, vício e difamação, acusaram-no de algo que nunca fizera. Derrubaram-no: de astro virou anjo caído.

"Não preciso do amor de pessoas assim, só do dinheiro e do remorso daqueles que me desgraçaram", ele fala, enquanto assiste, na TV, o mundo parar.

Quer que sintam dor, que sintam culpa; quer ver suas lágrimas, quer ver seu arrependimento, quer ver seus rostos repuxados em esgares de pesar. Acima de tudo, quer que esses sentimentos ajude a vender seus albuns que, por causa da sua queda do paraíso, desapareceram completamente das prateleiras do mercado musical. Uma senhora ironia: aquele mercado que durante anos foi nada mais que seu servo.

Deixa os devaneios e volta à TV. E eles choram e gritam e dançam e imitam e riem e rezam e aparecem e dançam e compram e choram e rezam e riem...

Eles alimentam o seu ego, o seu desejo de vingança, o seu raciocínio frio e suas expectativas. Seu enterro será um sucesso, seus familiares, culpados como todos os outros, farão o papel de mocinhos, de irmãos e filhos chocados e solidários. Esconderão de todos suas verdadeiras faces, seus dentes de sanguessuga e suas línguas bifurcadas, sempre procurando extorquir mais e mais dinheiro dele. Passarão como vítimas de um gênio lunático que acabou por se destruir sozinho em meio a cirurgias plásticas e injeções de analgésicos. Tentaram tomar seus bens, mas aí ele se revelará, aí ele mostrará a grande mente por trás do monstro.

Apresentará um show como nunca viram e, apesar de suas pernas há muito corroídas pela gangrena e dos anos que pesam nas costas, fará a melhor performance artística de sua carreira.

Será, em todos os sentidos, o seu retorno das trevas, seu renascimento.

Pagará suas dívidas, deserdará sua família, queimará os seus títulos e ascenderá novamente aos céus.

***


Eis que chega o grande dia. Preocupa-se com suas dores, mas a ansiedade definitivamente é maior que quaisquer outros sentimentos. Prepara seu banho, arruma-se.

Todo um ritual, como nos velhos tempos. Olha-se no espelho e reconhece os tempos áureos de alguns anos atrás.

Entra no caixão e embarca para sua ressurreição.

***


Enquanto se dirige ao funeral pensa em toda aquela contradição. A culpa lhe toma por alguns instantes, chegando, por alguns segundos, a se arrepender. A mensagem em suas músicas sempre foi positiva, e agora ele forjara a própria morte: um golpe de marketing perfeito e canalha. Enxuga as lágrimas. Percebe que, de certo modo, o direito de vingança lhe foi concedido.

O caixão é apertado, mas sabe que não demorará a sair de seu sepulcro. Em meio às lágrimas de seu antes tão amado público ele renascerá como uma fênix, ele escreverá um novo capítulo na história da música mundial, ficará sempre lembrado como O Imortal.

A música tensa começa, é agora que ele deve sair e respirar outra vez o ar dos palcos.

Força a tampa do caixão, inutilmente.

Sua respiração começa a ficar ofegante. Tenta se tranquilizar: “Não é nada, apenas colocaram muitos arranjos em cima da tampa”.

Tenta mais uma vez. A saída estremece, mas não abre.

Batimentos cardíacos acelerados, respiração ofegante. Tem medo de ficar preso no escuro, tem medo da morte.

Bate descontroladamente contra a tampa do caixão. Chuta, esmurra, grita, esperneia, ninguem o ajuda.

Sente uma dor lacerante em suas pernas: a carne gangrenada se rompera. O sangue macula a roupa, em seus olhos alucinados ele vê a vida que um dia tivera, grita o mais alto que sua voz pode alcançar e ainda assim ninguem o ouve. Suas mãos sangram, não sente suas pernas. Sua voz morre, e com ela o grande artista que fora um dia.







segunda-feira, 29 de junho de 2009

Engano nosso...*

A gripe suína (ou gripe A) infecta cada dia mais e mais pessoas. Pelos jornais vemos os números alarmantes de novos casos, principalmente na região sul do país, dando a entender que lá é onde está concentrada a doença. Engano nosso.
Ontem, conversando com um primo meu que esteve recentemente em SP, descobri que o hospital Albert Einstein está transbordando de pessoas infectadas pela nova doença. Mas é estranho que isso não apareça no Jornal Nacional ou em qualquer outro programa do tipo, não?
Não.
Não há qualquer divulgação desse dado não por falta de informação, não pelo fato não ter importância, mas porque, símplesmente, não há interesse.
Não seria interessante provocar uma crise de pânico maior que a que está aí. Pra quê dizer para o brasil inteiro que na maior cidade do país temos um foco crítico da doença da década? Qual seria a utilidade econômica e social para isso?
Nenhuma.... Nenhuma.
Agora me respondam, por favor, de que adianta preservar e amar tanto o dinheiro? Será que os dólares serão capazes de sumir com o virus?
Ó santa bolsa de valores, faça a gripe suína sumir em nome do teu poder monetário divino, amém.
Dinheiro não cura doenças. Dinheiro não mata a fome.
Dinheiro não serve pra nada se não houver ninguem para usá-lo.



* Esse texto foi escrito cerca de três semanas atrás, por isso pode existir alguma incoerencia entre o dito aqui e o que a mídia expõe.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

[Poema] Na nublada tarde de uma segunda-feira fria


Não sei quem errou primeiro
Não creio que fui só eu
Não creio que foi só você
Eu sei que fomos nós

Não quero saber os motivos
Inveja, paixão, ciumes, sei lá
Eles já se perderam
E tentam nos afogar

Remorso e culpa
Fraqueza e doença
Loucura e morte
Não sei... não sei...

Não sei nem por que escrevo estes versos
Não sei nem se isso serve pra alguma coisa
Não sei mais de nada, sinceramente não sei
Não quero saber

sexta-feira, 5 de junho de 2009

[Conto] Na calmaria das águas

Um barco pesqueiro em meio a um nevoeiro em pleno alto mar.
Um tripulante tirando seu sustento das águas.
Redes ao mar, peixes aos montes.
O ar era úmido e quase se podia sentir sua textura.
O alerta fora bastante explícito, não pescar fora da área permitida, mas alguem precisava sustentar a família.
Talvez ele trouxesse seu filho mais velho no outro dia.
O tripulante olha pra cima e vê algo que pensa ser uma gaivota voando em direção ao barco.
Ignora-a.
Um agudo assobio enche seus ouvidos e a gaivota está maior.
Ele a observa com mil perguntas na cabeça.
Após alguns minutos retorna ao trabalho.
Após alguns segundos estava morto.
Horas depois acontecia a ocupação da Coréia do Norte.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Velha criança

As pessoas tendem cada vez mais a buscar subterfúgios para esconder suas vontades, anseios e desejos. Não há mais uma sinceridade nas relações, seja na amizade, namoro, ou no trabalho.
Por favor, pro seu próprio bem e pro bem da sociedade, sejam sinceros consigo mesmos e com o mundo.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Vida imita arte?

Assistindo aqui ao jornal eu vi a notícia de que mais três casos de gripe suína foram detectados aqui no Brasil, em SP. Todos os três infectados morreram.
O vírus é transmitido pelo ar, ou seja, só em estarmos em um ambiente fechado com as pessoas contaminadas (um avião, por exemplo) os riscos de contrairmos a doença são quase inevitáveis. Estamos diante de uma pandemia desenfreada.

Tomemos um exemplo:
Uma pessoa se infecta agora, ao sair de casa no ônibus. Mais tarde, ao chegar no trabalho ela interage com mais cinco pessoas. Cada uma dessas cinco pessoas interage com mais cinco, e assim vai até que, em poucos dias, temos um número gigantesco de infectados.

Pensando com meus botões, eu me lembrei do lívro "A Dança da Morte" (The Stand, em inglês) do mestre Stephen King, que retrata situação idêntica à vivida por nós hoje (tirando o fato que lá a 'Supergripe' mata em questão de horas), onde um virus bastante semelhante à gripe comum se espalha e em poucos dias mata quase 90% da população mundial.

Me pergunto se não estamos passando pela mesma coisa.
Sério, sem viagens, sem lunaticismo.
Não é algo possível?

domingo, 24 de maio de 2009

[Conto] A verdade sobre uma mentira

Aqui estão eles.

Sabiam que tudo que sentiram um pelo outro evaporara. Tornara-se primeiro um sentimento tênue, depois, corroído pelo tempo, virara uma amizade efêmera e agora aqui estão eles.

Ela dentro de casa, olhando-o partir num táxi. Em seu rosto uma expressão de dolorida liberdade toma conta. Não gostava dele, não mais. Ele não a fazia rir como antes, não a tratava bem como antes. Em verdade ele se tornara um pedaço de cavalo aqueles últimos meses. Quando tentava agradá-lo recebia um coice tremendo. Quantas vezes não fora correndo se trancar no quarto para chorar?

Ela acha que ele tem uma amante. Ele não a procurava mais, há quase três meses que não faziam sexo, três meses!

Sabe quanto tempo é isso para um casal sozinho, sem filhos? O tempo se desdobra, deixa de existir. Um dia parece um ano, um ano parecem dez, dez anos parecem uma eternidade. No caso dela uma eternidade de tormento.

Agora, vendo o táxi sumir numa curva ela se questiona se realmente amou aquele homem, aquele canalha.

Uma lágrima quente escorre pelo canto esquerdo de seu rosto e ela enfim se rende.

Chora.

Ajoelha-se.

Encolhe-se no chão.

As lágrimas parecem não querer parar de fluir. Um dilúvio bíblico.

O que será dela agora? Como prosseguir?

Não sabe.

Então, assim como as lágrimas vieram elas somem.

E ela, enfim, tem certeza de uma coisa.

Tem certeza de que tudo que ouvira e experimentara até aquele dia não passara de algo falso.

Tem certeza de que nunca amou aquele homem.

Tem certeza de que, no fundo, sempre foram apenas conhecidos.

Tem certeza de que o único sentimento afetivo verdadeiro é a amizade e tem certeza, também, que isso nunca faltará a ela.

***

Ele, olhando para a casa que um dia fora seu lar, olhando para a mulher que um dia fora sua esposa.

O que vê em seu rosto não diz nada para ele, apenas o empurra mais para o fundo do interminável poço escuro em que caiu.

Ela não entende sua decisão de sair de casa, disso ele tem certeza, mas como poderia continuar lá? Ela não entendia seus anseios, suas vontades, suas necessidades. Ela não entendia que poderia perder (como perdeu) o emprego. Ela não parava de encher seu saco.

O táxi em que estava virou a curva e ele viu pela ultima vez a mulher que um dia chamara de meu amor.

Uma música calma tocava na rádio, o motorista tentava puxar assunto, seu celular tocava.

Nada disso importava. Não, nada, exceto a vida que um dia viveu.

Olhava para todos os lados, mas não achava saída.

Em desespero ele começa a chorar.

- Pare aqui, por favor. –Pede.

O táxi para, ele desce.

Anda meio quarteirão, desolado.

Tudo desmoronara. Tudo aquilo que suara tanto para conseguir.

O que sua vida valia agora? Um real? Dois? Cinquenta centavos?

Não sabia e nem queria saber.

Acabara de achar aquilo que estava procurando: um bar.

Ele entra e pede uma cerveja.

Inconformado, pede mais outra. E mais outra. E mais outra.

Vendo que nada faz efeito decide partir para algo mais forte, uma cachaça talvez?

Vira uma, duas, três, cinco, dez, quinze rodadas.

Tão bêbado quanto um homem poderia ficar,ele cambaleia até a construção do metrô e para na ponta do enorme buraco escavado.

Imagens do seu tempo como ser humano passam por sua cabeça bêbada. Festas, risos, paixão, tudo isso é passado.

Num ultimo pensamento, ele grita, com toda a força que sua garganta ébria consegue atingir:

- Eu te amo!

E então ele sente apenas o vazio, enquanto cai para seu fim.



sexta-feira, 22 de maio de 2009

Uma brincadeira

Quem me indicou foi: http://re-bo-lina.blogspot.com/
As regras são:

1- Colocar o link de quem te indicou
2- Escrever as regras do jogo para a brincadeira ficar mais clara
3- Indicar 3 blogueiros para dar continuação à brincadeira
4- Avisar quem foi indicado

A brincadeira :

Há 10 anos atrás, eu:
× Era fã dos Cavaleiros do Zodiaco
× Não me importava com música
× Tinha um Nintendo 64
× Odiava a Alemanha
× Odiava Matemática


Há 5 anos atrás, eu:
× Vendi meu N64
× Era fã de Rita Lee
× Acreditava nas pessoas
× Curtia determinados tipos de música
× Queria ser cientista
× Odiava Matemática.

Há 2 anos atrás, eu:
× Amava a Alemanha
× Me viciei em Rammstein
× Comecei as aulas de teclado/piano
× Comecei a desacreditar na humanidade
× Odiava Matemática.

Ontem, eu:
× Terminei minha primeira composição instrumental

Hoje, eu:
× Dormi profundamente na aula
× Estou de péssimo humor

Amanhã, eu:
× Vou fazer prova
× Pretendo fazer algo de util

Coisas sem as quais eu não vivo:
× Poesia
× Água [2]
× Música [2]
× Lívros
× Piano
× Contos
× Poucos em que possa confiar

Coisas que eu compraria com 1.000 reais:
× Livros. [1]
× Ingressos pra shows diversos
× CDs
× Uma viagem pra a Alemanha

Meus hábitos..:
× Imaginar o inimaginável e aumentar as estórias.
× Escrever.
× Cantarolar.
× Obsvervar.

Programas de tv:
× Não assisto muita TV

Coisas que me assustam:
× Provas. [2]
× Solidão
× Escuridão
× Lugares apertados

Lugares aos quais eu gostaria de ir:
× Alemanha
× Antártida
× Aeronáutica
× Show do Rammstein

Pessoas indicadas:

× não tenho

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Maldita - Bastardos da América

http://www.youtube.com/watch?v=wzzLAFM4-Ds

Jogos e video games que nós adoramos
o pró-tools e os programas de computador
na violencia os filmes, que alugamos
e na capa das revistas sempre um novo amor
a gordura, o exagero, as loiras e a guerra
que nós assistimos natv sem questionar
essa falsidade maravilhosa
e nós sempre querendo compartilhar

Jimmy Hendrix, era americano
Jesus Cristo nos filmes eu sei que também foi
Bruce Lee e Darth Vader eram americanos
se até o Pelé é porra! por que que eu não sou?

(refrão)
Nós somos todos bastardos da américa
nós também somos filhos do senhor
nós somos todos bastardos da américa
nós também somos filhos do terror
Hey, my name is fuck you!

Hamburgueres, fógos, e tanques de guerra
super produções e filmes de terror
nós injetamos na veia o seu lixo tóxico
consumimos a technologia da sua dor

Adolf Hitler, era americano
Kurt Kobain também era, então qualé o problema?
Mickey Mouse, ah esse sim era americano
Gandhi e o papa também eram.

(refrão)

Nóssa alma não mais será odiada pelo vaticano
nós somos sul-americanos
vizinhos desses filhos da puta que fabricam mentiras
e nós como o resto do mundo simplesmente pagamos por
elas

segunda-feira, 18 de maio de 2009

domingo, 17 de maio de 2009

Otimismo

Caros leitores, essas observações aqui não tem nenhum fundo científico, religioso ou qualquer coisa do tipo, são apenas observações, correlações e pensamentos que surgiram em vista dos eventos que vem acontecendo ultimamente no mundo.


A cada dia assistimos mais e mais coisas acontecerem, muitas vezes nós não podemos impedir, nem sequer contestar aquilo que vemos. Guerras, corrupção, assassinatos. Sempre humanos achando que a vida, esforço ou dinheiro de outros humanos servem apenas para se saciar sua vontade, seu luxo. Pensam astutamente sua maneira de se saciar, se elevar, tornar-se superior aos outros. Muitos consideram isso uma virtude, uma prova de inteligência, mas será que é isso mesmo? Será que não buscam na riqueza, no perigo ou na trapaça um modo de preencherem vidas vazias, sem objetivo? As pessoas estão cada vez mais concentradas no seu interior, olhando sempre para seu umbigo, ao mesmo tempo em que o planeta e a sociedade secam, perdem a cor e a graça. Será que não é hora de repensar isso? Creio que sim, mas também acho que precisamos apanhar um pouco antes de fazermos as coisas do jeito que devem ser feitas. Seria muito estranho se não recebêssemos o troco por nossos atos contra o planeta, a natureza e nós mesmos. Aqui se faz aqui se paga.

Dia desses, um amigo meu saltou uma frase no mínimo inquietante: “Seria melhor se todo mundo morresse e essa porra fosse logo embora”. Agressivo, não? É, na hora eu também pensei assim. Desconsiderei a fala dele, mas aí eu comecei a ver a decadência do mundo, a sociedade mais suja a cada dia que passa, a hipocrisia, e digo então: concordo plenamente com meu amigo.

A questão é: seria uma pena muito leve apenas a morte. Quer dizer, agente fode com o planeta e tudo que agente ganha é morte? Não acho que seja nem um pouco justo, entendem? Me chamem de louco, de filho da puta, de idiota, psicopata, do que quiserem, não vão mudar minha opinião. Mas antes (ou depois) de me xingarem pensem no assunto, vejam nas suas cidades, pensem, PENSEM!

A humanidade hoje está controlada pelos meios de comunicação. Cada dia mais nascem pessoas sem cérebro, funcionando na base da moda, escravos da beleza e do ‘novo’ imposto pelos que mandam (ou acreditam mandar) no mundo. Conversem com pessoas da sua idade, e coloque um papo mais sério na roda e veja se alguém vai se manifestar corretamente sobre o assunto. Muito provavelmente ninguém, ou no maximo uma pessoa. Mas concerteza os que estão em volta vão começar a lançar piadas idiotificadas sobre o assunto, mostrando como a cabeça de todo mundo hoje está cheia de merda.

Agora pare e pense: nós merecemos morrer? Nós podemos nos redimir?

A resposta a ambas as perguntas é sim.

A questão de merecer a morte não faz disso a opção correta, muito pelo contrário. Como eu disse antes seria uma pena muito leve depois de milênios a fio comendo o rabo do planeta.

A opção correta é a redenção, que só poderá ser feita depois que o planeta, exausto, liberar sua fúria sobre nós.

Se você entendeu a frase acima literalmente achando que o planeta vai criar vida e torturar todo mundo, parabéns, você é mais um idiota influenciável vivo!

Nós devemos sofrer, nós devemos perecer, nós devemos chorar. Nos não devemos ser extintos.

O que agente sofrer será somente o retorno de nossas ações.

Acreditem ou não, queiram ou não, nós vamos ter que agüentar o peso dos nossos erros e acertos nos ombros. Causamos danos demais para sairmos impunes. Nenhum homem é santo.

Pensem nisso.

Segundo Round

Mais uma vez chove torrencialmente na cidade de Salvador e mais uma vez as ruas viram rios.
Mais uma vez encostas caem e mais uma vez o povo chora.
Mais uma vez pessoas morrem e mais uma vez o prefeito não faz nada.
Mais uma vez...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Pesadelos

Já faz quase uma semana que eu não consigo pregar os olhos direito. Sempre que eu começo a dormir vem um pesadelo diferente e angustiante pra perturbar meu juizo.
Putz, como conseguir dormir vendo sua família ser esquartejada na sua frente?
Como dormir com a sensação de que tem algo te seguindo, ansiando por sua carne? Como dormir com sons absurdos ecoando toda vez que você fecha os olhos? Conseguem imaginar como é isso?
Minha cabeça anda uma merda esses dias. Ando com sono, cansado, sem conseguir me concentrar direito, irritado, enfim, ando demolido.
Só quero saber quando essa porra vai acabar.

quarta-feira, 13 de maio de 2009


Como as pessoas conseguem ser tão inertes?
Porra, gripe suína, dengue, meningite, a loucura do tempo, problemas políticos (pra variar), a crise mundial e ninguem move uma palha?
Ahh é, esqueci que os Donos do País (não, caros leitores, não são os políticos, não é o povo e tampouco a Igreja) não querem que tal coisa aconteça e por isso derramam sobre nossas cabeças toneladas de cultura inútil, futilidades sem sentido que apenas servem para alimentar uma visão de mundo distorcida e utópica.
Caralho, ninguem se movimenta? Cadê a força da nação, cantada no nosso Hino? Cadê os caras pintadas? Será que todos se esqueceram que tem voz? Será que todos preferiram se recolher e aceitar calados a marcha impassível que pisa em nossas cabeças? Será que não passam de lendas hoje envelhecidas e esquecidas?
Voz pra reclamar todos tem, claro! Falar é muito fácil, exige apenas tom de voz e a inteligência suficiente pra formular uma frase, mas agir, que é o necessário, ninguem quer.
Sabe de uma? Merecem sofrer mesmo!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Homem-Bomba

A vida na cidade grande deixa qualquer um louco, pode ter certeza. Trânsito, trabalho, esposa, filhos, sexo, comida, hipocrisia, futebol, traição...

O problema é quando você se perde nessa loucura, aí sim é que você se torna alguém potencialmente maluco, uma bomba pronta pra explodir a qualquer momento, levando tudo num raio de 100 quilômetros de você e espalhando uma radiação mortal por todo lugar, infectando milhões de seres vivos.

Pois é, eu sou maluco, e eu estou a ponto de explodir.

Nesse exato momento dirijo meu carro esporte do ano por uma cidade totalmente congestionada, estou parado a mais de meia hora no mesmo lugar. Minha nuca começa a doer, sinto uma náusea terrível, e uma raiva bombástica crescendo no meu peito. Vontade de xingar o motoboy que tirou fino do meu carro, vontade de bater no filho da puta do motorista do ônibus que está na minha frente, vontade de sumir, desaparecer por completo!

Mas nem posso considerar esse inferno como a pior parte do retorno ao lar. Quando chego em casa minha esposa sempre me vem com uma nova, uma micro-bomba virótica que devora minhas células de paciência, que me fazem perder a cabeça pela menor infiltração na cozinha, pela mais besta aranha no guarda roupa. E depois ela pergunta por que eu estou tão nervoso, estressado. A resposta é simples, tudo! Pra completar ainda tem aquela prole detestavelmente fútil que minha esposa insiste em chamar de “nossos filhos”. Filhos a puta que pariu! Eu nunca poderia ter filhos desse tipo! Não uma piranhazinha que eu tenho certeza já deu pra muito marmanjo por aí e um playboyzinho metido a gostoso. Coitados, eu queria que estivessem mortos.

Quando saio de casa procurando um pouco de paz nos braços da minha amante ainda tenho que agüentar os irritantes e insistentes pedidos pra largar minha esposa, o que eu faria, de fato, com o maior gosto, não fosse a influência de meu sogro.

Sabe do mais? Cansei.


***


Nunca pensei que fazer isso fosse me fazer sentir tão bem.

Matar uma família como a minha é algo que liberta qualquer cidadão. Não pude reter o prazer de ver o ódio e o medo nos olhos de minha ‘querida’ esposa quando afundei o martelo em seu frágil crânio, ou a cara de medo do infeliz playboy que dizia ser meu filho. Mas a melhor parte veio depois, a pequena puta, na beleza de seus 15 anos, não resisti, tive que desfrutar do que todos tinham desfrutado. Vendo que ela nem sequer chegou perto de rejeitar minha aproximação ou penetração, matei-a lenta e dolorosamente, pra ela se lembrar do que ela fez com seu corpo.

Aqui se faz aqui se paga.

***


Por fim, minha preciosa amante.

Cheguei lá como sempre faço, entrei como de costume, fiz sexo com ela normalmente. Depois eu assumi cada crime, orgulhoso do meu feito, e terminei a noite com a cabeça dela num saco no meu porta malas.

Agora, olhando pelo cano dessa arma que me parece tão atrativa, tão libertadora, tenho mais um momento de nostalgia, sentindo a carne se desfazer por sob a pressão do martelo.

E é chegado o momento de minha liberdade, enfim.


Seemann - Rammstein (tradução) Marinheiro




Venha pro meu barco
uma tempestade se levanta e a noite chegará

Aonde você vai
assim sozinha levada embora

Quem segurará tua mão
quando isto te afundar


Aonde você vai
nesse gelado mar sem fim

Venha pro meu barco,
o vento de outono mantém as velas firmes


Agora estás
lá no farol
Com lágrimas pelo rosto

a luz do dia se inclina
e o vento do outono varre as ruas.

Agora estás
lá no farol
Tens lágrimas pelo rosto

A luz da noite persegue as sombras
o tempo está parado e o outono chegará



Venha pro meu barco,
A saudade se torna o timoteiro

Venha para o meu barco
o melhor marinheiro era eu

Agora estás
la no farol
com lágrimas pelo rosto.

O fogo tomas da vela
O tempo está parado e o outono chegará

Eles so falam da tua mae
tão impiedosa é somente a noite
No fim eu fico sozinho
O tempo está parado
e eu sinto frio...

frio..frio..frio..frio...