segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fim da Festa


Até quando dura um momento feliz?

Seria necessário a presença de outras pessoas (ou a existência de outras pessoas) para atingir algum curto período de felicidade?

Será que somos (ou nos tornamos) tão dependentes assim que não conseguimos ser felizes sozinhos? Será que precisamos sempre que alguem complete algo que nos falta?

Muitos não conseguem entender como alguns conseguem (e querem) viver sozinhos, acham que são loucos.

Seria a falta da necessidade de “calor humano” o princípio da loucura? Ou seria o princípio da sanidade?

Muito bem, muito bem, os solitários, os desligados, os quietos, os isolados são loucos!

Mas o que seriam todos aqueles outros? Todos aqueles viciados em pessoas, aglomerações, festividades e carícias? Seriam eles os normais? Seria essa carência normal?

No fim somos todos loucos, doentes e vadios.

No fim todos seremos carne morta.

Na verdade não há verdade.

Na verdade não há mentira.

Na verdade... bem, na verdade a vida é o Fim da Festa.



Um comentário:

MeNina disse...

Isso me lembrou um livro de um sociólogo cuja teoria defendia as festas como o maior ponto de aproximação do homem com a morte. Não lembro muito bem das premissas, mas tem todo um livro que explica isso... Eu inclusive tenho aqui em casa, mas não sei onde está, rerere.

Quanto ao seu texto... Percebi uma certa ironia no início e no desenvolvimento, mas no final me confundi, parece que você concorda mesmo com o que você escreveu? Eu discordo do final, do início, do meio, enfim, de tudo. Mas tá bom, o texto. E o desenho também.