quinta-feira, 28 de maio de 2009

Vida imita arte?

Assistindo aqui ao jornal eu vi a notícia de que mais três casos de gripe suína foram detectados aqui no Brasil, em SP. Todos os três infectados morreram.
O vírus é transmitido pelo ar, ou seja, só em estarmos em um ambiente fechado com as pessoas contaminadas (um avião, por exemplo) os riscos de contrairmos a doença são quase inevitáveis. Estamos diante de uma pandemia desenfreada.

Tomemos um exemplo:
Uma pessoa se infecta agora, ao sair de casa no ônibus. Mais tarde, ao chegar no trabalho ela interage com mais cinco pessoas. Cada uma dessas cinco pessoas interage com mais cinco, e assim vai até que, em poucos dias, temos um número gigantesco de infectados.

Pensando com meus botões, eu me lembrei do lívro "A Dança da Morte" (The Stand, em inglês) do mestre Stephen King, que retrata situação idêntica à vivida por nós hoje (tirando o fato que lá a 'Supergripe' mata em questão de horas), onde um virus bastante semelhante à gripe comum se espalha e em poucos dias mata quase 90% da população mundial.

Me pergunto se não estamos passando pela mesma coisa.
Sério, sem viagens, sem lunaticismo.
Não é algo possível?

domingo, 24 de maio de 2009

[Conto] A verdade sobre uma mentira

Aqui estão eles.

Sabiam que tudo que sentiram um pelo outro evaporara. Tornara-se primeiro um sentimento tênue, depois, corroído pelo tempo, virara uma amizade efêmera e agora aqui estão eles.

Ela dentro de casa, olhando-o partir num táxi. Em seu rosto uma expressão de dolorida liberdade toma conta. Não gostava dele, não mais. Ele não a fazia rir como antes, não a tratava bem como antes. Em verdade ele se tornara um pedaço de cavalo aqueles últimos meses. Quando tentava agradá-lo recebia um coice tremendo. Quantas vezes não fora correndo se trancar no quarto para chorar?

Ela acha que ele tem uma amante. Ele não a procurava mais, há quase três meses que não faziam sexo, três meses!

Sabe quanto tempo é isso para um casal sozinho, sem filhos? O tempo se desdobra, deixa de existir. Um dia parece um ano, um ano parecem dez, dez anos parecem uma eternidade. No caso dela uma eternidade de tormento.

Agora, vendo o táxi sumir numa curva ela se questiona se realmente amou aquele homem, aquele canalha.

Uma lágrima quente escorre pelo canto esquerdo de seu rosto e ela enfim se rende.

Chora.

Ajoelha-se.

Encolhe-se no chão.

As lágrimas parecem não querer parar de fluir. Um dilúvio bíblico.

O que será dela agora? Como prosseguir?

Não sabe.

Então, assim como as lágrimas vieram elas somem.

E ela, enfim, tem certeza de uma coisa.

Tem certeza de que tudo que ouvira e experimentara até aquele dia não passara de algo falso.

Tem certeza de que nunca amou aquele homem.

Tem certeza de que, no fundo, sempre foram apenas conhecidos.

Tem certeza de que o único sentimento afetivo verdadeiro é a amizade e tem certeza, também, que isso nunca faltará a ela.

***

Ele, olhando para a casa que um dia fora seu lar, olhando para a mulher que um dia fora sua esposa.

O que vê em seu rosto não diz nada para ele, apenas o empurra mais para o fundo do interminável poço escuro em que caiu.

Ela não entende sua decisão de sair de casa, disso ele tem certeza, mas como poderia continuar lá? Ela não entendia seus anseios, suas vontades, suas necessidades. Ela não entendia que poderia perder (como perdeu) o emprego. Ela não parava de encher seu saco.

O táxi em que estava virou a curva e ele viu pela ultima vez a mulher que um dia chamara de meu amor.

Uma música calma tocava na rádio, o motorista tentava puxar assunto, seu celular tocava.

Nada disso importava. Não, nada, exceto a vida que um dia viveu.

Olhava para todos os lados, mas não achava saída.

Em desespero ele começa a chorar.

- Pare aqui, por favor. –Pede.

O táxi para, ele desce.

Anda meio quarteirão, desolado.

Tudo desmoronara. Tudo aquilo que suara tanto para conseguir.

O que sua vida valia agora? Um real? Dois? Cinquenta centavos?

Não sabia e nem queria saber.

Acabara de achar aquilo que estava procurando: um bar.

Ele entra e pede uma cerveja.

Inconformado, pede mais outra. E mais outra. E mais outra.

Vendo que nada faz efeito decide partir para algo mais forte, uma cachaça talvez?

Vira uma, duas, três, cinco, dez, quinze rodadas.

Tão bêbado quanto um homem poderia ficar,ele cambaleia até a construção do metrô e para na ponta do enorme buraco escavado.

Imagens do seu tempo como ser humano passam por sua cabeça bêbada. Festas, risos, paixão, tudo isso é passado.

Num ultimo pensamento, ele grita, com toda a força que sua garganta ébria consegue atingir:

- Eu te amo!

E então ele sente apenas o vazio, enquanto cai para seu fim.



sexta-feira, 22 de maio de 2009

Uma brincadeira

Quem me indicou foi: http://re-bo-lina.blogspot.com/
As regras são:

1- Colocar o link de quem te indicou
2- Escrever as regras do jogo para a brincadeira ficar mais clara
3- Indicar 3 blogueiros para dar continuação à brincadeira
4- Avisar quem foi indicado

A brincadeira :

Há 10 anos atrás, eu:
× Era fã dos Cavaleiros do Zodiaco
× Não me importava com música
× Tinha um Nintendo 64
× Odiava a Alemanha
× Odiava Matemática


Há 5 anos atrás, eu:
× Vendi meu N64
× Era fã de Rita Lee
× Acreditava nas pessoas
× Curtia determinados tipos de música
× Queria ser cientista
× Odiava Matemática.

Há 2 anos atrás, eu:
× Amava a Alemanha
× Me viciei em Rammstein
× Comecei as aulas de teclado/piano
× Comecei a desacreditar na humanidade
× Odiava Matemática.

Ontem, eu:
× Terminei minha primeira composição instrumental

Hoje, eu:
× Dormi profundamente na aula
× Estou de péssimo humor

Amanhã, eu:
× Vou fazer prova
× Pretendo fazer algo de util

Coisas sem as quais eu não vivo:
× Poesia
× Água [2]
× Música [2]
× Lívros
× Piano
× Contos
× Poucos em que possa confiar

Coisas que eu compraria com 1.000 reais:
× Livros. [1]
× Ingressos pra shows diversos
× CDs
× Uma viagem pra a Alemanha

Meus hábitos..:
× Imaginar o inimaginável e aumentar as estórias.
× Escrever.
× Cantarolar.
× Obsvervar.

Programas de tv:
× Não assisto muita TV

Coisas que me assustam:
× Provas. [2]
× Solidão
× Escuridão
× Lugares apertados

Lugares aos quais eu gostaria de ir:
× Alemanha
× Antártida
× Aeronáutica
× Show do Rammstein

Pessoas indicadas:

× não tenho

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Maldita - Bastardos da América

http://www.youtube.com/watch?v=wzzLAFM4-Ds

Jogos e video games que nós adoramos
o pró-tools e os programas de computador
na violencia os filmes, que alugamos
e na capa das revistas sempre um novo amor
a gordura, o exagero, as loiras e a guerra
que nós assistimos natv sem questionar
essa falsidade maravilhosa
e nós sempre querendo compartilhar

Jimmy Hendrix, era americano
Jesus Cristo nos filmes eu sei que também foi
Bruce Lee e Darth Vader eram americanos
se até o Pelé é porra! por que que eu não sou?

(refrão)
Nós somos todos bastardos da américa
nós também somos filhos do senhor
nós somos todos bastardos da américa
nós também somos filhos do terror
Hey, my name is fuck you!

Hamburgueres, fógos, e tanques de guerra
super produções e filmes de terror
nós injetamos na veia o seu lixo tóxico
consumimos a technologia da sua dor

Adolf Hitler, era americano
Kurt Kobain também era, então qualé o problema?
Mickey Mouse, ah esse sim era americano
Gandhi e o papa também eram.

(refrão)

Nóssa alma não mais será odiada pelo vaticano
nós somos sul-americanos
vizinhos desses filhos da puta que fabricam mentiras
e nós como o resto do mundo simplesmente pagamos por
elas

segunda-feira, 18 de maio de 2009

domingo, 17 de maio de 2009

Otimismo

Caros leitores, essas observações aqui não tem nenhum fundo científico, religioso ou qualquer coisa do tipo, são apenas observações, correlações e pensamentos que surgiram em vista dos eventos que vem acontecendo ultimamente no mundo.


A cada dia assistimos mais e mais coisas acontecerem, muitas vezes nós não podemos impedir, nem sequer contestar aquilo que vemos. Guerras, corrupção, assassinatos. Sempre humanos achando que a vida, esforço ou dinheiro de outros humanos servem apenas para se saciar sua vontade, seu luxo. Pensam astutamente sua maneira de se saciar, se elevar, tornar-se superior aos outros. Muitos consideram isso uma virtude, uma prova de inteligência, mas será que é isso mesmo? Será que não buscam na riqueza, no perigo ou na trapaça um modo de preencherem vidas vazias, sem objetivo? As pessoas estão cada vez mais concentradas no seu interior, olhando sempre para seu umbigo, ao mesmo tempo em que o planeta e a sociedade secam, perdem a cor e a graça. Será que não é hora de repensar isso? Creio que sim, mas também acho que precisamos apanhar um pouco antes de fazermos as coisas do jeito que devem ser feitas. Seria muito estranho se não recebêssemos o troco por nossos atos contra o planeta, a natureza e nós mesmos. Aqui se faz aqui se paga.

Dia desses, um amigo meu saltou uma frase no mínimo inquietante: “Seria melhor se todo mundo morresse e essa porra fosse logo embora”. Agressivo, não? É, na hora eu também pensei assim. Desconsiderei a fala dele, mas aí eu comecei a ver a decadência do mundo, a sociedade mais suja a cada dia que passa, a hipocrisia, e digo então: concordo plenamente com meu amigo.

A questão é: seria uma pena muito leve apenas a morte. Quer dizer, agente fode com o planeta e tudo que agente ganha é morte? Não acho que seja nem um pouco justo, entendem? Me chamem de louco, de filho da puta, de idiota, psicopata, do que quiserem, não vão mudar minha opinião. Mas antes (ou depois) de me xingarem pensem no assunto, vejam nas suas cidades, pensem, PENSEM!

A humanidade hoje está controlada pelos meios de comunicação. Cada dia mais nascem pessoas sem cérebro, funcionando na base da moda, escravos da beleza e do ‘novo’ imposto pelos que mandam (ou acreditam mandar) no mundo. Conversem com pessoas da sua idade, e coloque um papo mais sério na roda e veja se alguém vai se manifestar corretamente sobre o assunto. Muito provavelmente ninguém, ou no maximo uma pessoa. Mas concerteza os que estão em volta vão começar a lançar piadas idiotificadas sobre o assunto, mostrando como a cabeça de todo mundo hoje está cheia de merda.

Agora pare e pense: nós merecemos morrer? Nós podemos nos redimir?

A resposta a ambas as perguntas é sim.

A questão de merecer a morte não faz disso a opção correta, muito pelo contrário. Como eu disse antes seria uma pena muito leve depois de milênios a fio comendo o rabo do planeta.

A opção correta é a redenção, que só poderá ser feita depois que o planeta, exausto, liberar sua fúria sobre nós.

Se você entendeu a frase acima literalmente achando que o planeta vai criar vida e torturar todo mundo, parabéns, você é mais um idiota influenciável vivo!

Nós devemos sofrer, nós devemos perecer, nós devemos chorar. Nos não devemos ser extintos.

O que agente sofrer será somente o retorno de nossas ações.

Acreditem ou não, queiram ou não, nós vamos ter que agüentar o peso dos nossos erros e acertos nos ombros. Causamos danos demais para sairmos impunes. Nenhum homem é santo.

Pensem nisso.

Segundo Round

Mais uma vez chove torrencialmente na cidade de Salvador e mais uma vez as ruas viram rios.
Mais uma vez encostas caem e mais uma vez o povo chora.
Mais uma vez pessoas morrem e mais uma vez o prefeito não faz nada.
Mais uma vez...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Pesadelos

Já faz quase uma semana que eu não consigo pregar os olhos direito. Sempre que eu começo a dormir vem um pesadelo diferente e angustiante pra perturbar meu juizo.
Putz, como conseguir dormir vendo sua família ser esquartejada na sua frente?
Como dormir com a sensação de que tem algo te seguindo, ansiando por sua carne? Como dormir com sons absurdos ecoando toda vez que você fecha os olhos? Conseguem imaginar como é isso?
Minha cabeça anda uma merda esses dias. Ando com sono, cansado, sem conseguir me concentrar direito, irritado, enfim, ando demolido.
Só quero saber quando essa porra vai acabar.

quarta-feira, 13 de maio de 2009


Como as pessoas conseguem ser tão inertes?
Porra, gripe suína, dengue, meningite, a loucura do tempo, problemas políticos (pra variar), a crise mundial e ninguem move uma palha?
Ahh é, esqueci que os Donos do País (não, caros leitores, não são os políticos, não é o povo e tampouco a Igreja) não querem que tal coisa aconteça e por isso derramam sobre nossas cabeças toneladas de cultura inútil, futilidades sem sentido que apenas servem para alimentar uma visão de mundo distorcida e utópica.
Caralho, ninguem se movimenta? Cadê a força da nação, cantada no nosso Hino? Cadê os caras pintadas? Será que todos se esqueceram que tem voz? Será que todos preferiram se recolher e aceitar calados a marcha impassível que pisa em nossas cabeças? Será que não passam de lendas hoje envelhecidas e esquecidas?
Voz pra reclamar todos tem, claro! Falar é muito fácil, exige apenas tom de voz e a inteligência suficiente pra formular uma frase, mas agir, que é o necessário, ninguem quer.
Sabe de uma? Merecem sofrer mesmo!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Homem-Bomba

A vida na cidade grande deixa qualquer um louco, pode ter certeza. Trânsito, trabalho, esposa, filhos, sexo, comida, hipocrisia, futebol, traição...

O problema é quando você se perde nessa loucura, aí sim é que você se torna alguém potencialmente maluco, uma bomba pronta pra explodir a qualquer momento, levando tudo num raio de 100 quilômetros de você e espalhando uma radiação mortal por todo lugar, infectando milhões de seres vivos.

Pois é, eu sou maluco, e eu estou a ponto de explodir.

Nesse exato momento dirijo meu carro esporte do ano por uma cidade totalmente congestionada, estou parado a mais de meia hora no mesmo lugar. Minha nuca começa a doer, sinto uma náusea terrível, e uma raiva bombástica crescendo no meu peito. Vontade de xingar o motoboy que tirou fino do meu carro, vontade de bater no filho da puta do motorista do ônibus que está na minha frente, vontade de sumir, desaparecer por completo!

Mas nem posso considerar esse inferno como a pior parte do retorno ao lar. Quando chego em casa minha esposa sempre me vem com uma nova, uma micro-bomba virótica que devora minhas células de paciência, que me fazem perder a cabeça pela menor infiltração na cozinha, pela mais besta aranha no guarda roupa. E depois ela pergunta por que eu estou tão nervoso, estressado. A resposta é simples, tudo! Pra completar ainda tem aquela prole detestavelmente fútil que minha esposa insiste em chamar de “nossos filhos”. Filhos a puta que pariu! Eu nunca poderia ter filhos desse tipo! Não uma piranhazinha que eu tenho certeza já deu pra muito marmanjo por aí e um playboyzinho metido a gostoso. Coitados, eu queria que estivessem mortos.

Quando saio de casa procurando um pouco de paz nos braços da minha amante ainda tenho que agüentar os irritantes e insistentes pedidos pra largar minha esposa, o que eu faria, de fato, com o maior gosto, não fosse a influência de meu sogro.

Sabe do mais? Cansei.


***


Nunca pensei que fazer isso fosse me fazer sentir tão bem.

Matar uma família como a minha é algo que liberta qualquer cidadão. Não pude reter o prazer de ver o ódio e o medo nos olhos de minha ‘querida’ esposa quando afundei o martelo em seu frágil crânio, ou a cara de medo do infeliz playboy que dizia ser meu filho. Mas a melhor parte veio depois, a pequena puta, na beleza de seus 15 anos, não resisti, tive que desfrutar do que todos tinham desfrutado. Vendo que ela nem sequer chegou perto de rejeitar minha aproximação ou penetração, matei-a lenta e dolorosamente, pra ela se lembrar do que ela fez com seu corpo.

Aqui se faz aqui se paga.

***


Por fim, minha preciosa amante.

Cheguei lá como sempre faço, entrei como de costume, fiz sexo com ela normalmente. Depois eu assumi cada crime, orgulhoso do meu feito, e terminei a noite com a cabeça dela num saco no meu porta malas.

Agora, olhando pelo cano dessa arma que me parece tão atrativa, tão libertadora, tenho mais um momento de nostalgia, sentindo a carne se desfazer por sob a pressão do martelo.

E é chegado o momento de minha liberdade, enfim.


Seemann - Rammstein (tradução) Marinheiro




Venha pro meu barco
uma tempestade se levanta e a noite chegará

Aonde você vai
assim sozinha levada embora

Quem segurará tua mão
quando isto te afundar


Aonde você vai
nesse gelado mar sem fim

Venha pro meu barco,
o vento de outono mantém as velas firmes


Agora estás
lá no farol
Com lágrimas pelo rosto

a luz do dia se inclina
e o vento do outono varre as ruas.

Agora estás
lá no farol
Tens lágrimas pelo rosto

A luz da noite persegue as sombras
o tempo está parado e o outono chegará



Venha pro meu barco,
A saudade se torna o timoteiro

Venha para o meu barco
o melhor marinheiro era eu

Agora estás
la no farol
com lágrimas pelo rosto.

O fogo tomas da vela
O tempo está parado e o outono chegará

Eles so falam da tua mae
tão impiedosa é somente a noite
No fim eu fico sozinho
O tempo está parado
e eu sinto frio...

frio..frio..frio..frio...