terça-feira, 23 de agosto de 2011

Crônicas de um Lugar Comum #7

“Bom dia a todos, eu sou Cláudia Marques especialista em direitos humanos e em representatividade de minorias.
Uma vez me perguntaram quem era eu, afinal. No momento fiquei paralisada, sem saber o que e como responder a aquela pessoa (um certo indivíduo com o qual mantinha freqüentes embates ideológicos) e mudei o foco da discussão, uma atitude de fuga, eu sei, mas fui surpreendida por essa pergunta vinda daquela pessoa. Mesmo assim a natureza do questionamento me intrigava: quem era eu? Qual o meu papel no mundo? Pois, caros colegas, eis que digo quem sou: um ser humano. Não um protótipo de, um ser que preda em seus semelhantes, que tem prazer em exceder os outros em algo. Sou uma pessoa que respeita os direitos e vontades de cada um, principalmente das minorias, tão descriminadas e tão vítimas desses Carcarás impiedosos! Sou uma pessoa que respeita a diversidade de idéias e dos diferentes meios de melhorar a sociedade corrupta e perversa em que vivemos!
E é justamente para tratar da melhoria da nossa sociedade que trago aqui...

[...]

... e dessa forma, unindo as pessoas e conscientizando-as da necessidade de uma mudança geral, podemos tornar a sociedade um lugar de respeito mútuo e livre de violências que originem todo sofrimento psíquico.
Claro que há aqueles que, por conta de uma mentalidade fortemente doutrinada não compreendem a realidade dos fatos e usam uma frase recorrente como forma de contestação: “Mas o sofrimento psíquico é parte integrante da vida como ser humano, temos de aprender a lidar com esses problemas”. Isso é algo inconcebível, inadmissível! Os sofrimentos psíquicos são os principais elementos para tudo de ruim e errado em nossa vida cotidiana. Uma pessoa que pensa dessa maneira certamente é um construto típico do capitalismo, que não vê outra forma de progresso senão a competição vil e maximizada. Bando de Carcarás, bando de rapinas! Predam nos fracos para ficarem mais fortes!
Talvez muitos de vocês aqui se perguntem qual o...

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... e por fim gostaria de agradecer a todos vocês, que compareceram aqui esta noite, mas principalmente, gostaria de agradecer a sua lucidez e a sua pré-disposição a aceitar uma melhora, mesmo se feita de modo brusco.
Muito obrigada.”

Aplausos.