Para.
Já é tarde.
12:00.
Olha o caminho à frente.
Livre.
Quebrado.
Dolorido.
Seu pé está dormente devido à perda de sangue. Pedaços de asfalto formam uma palmilha ensanguentada.
O zumbido. Ele o está chamando.
Ele o atrai.
Segue.
O zumbido.
Já não apenas um som.
O zumbido.
Algo para seguir.
Uma sombra passa rente ao seu corpo, encarando-o.
Ele sente o frio.
Ele sente o vazio.
Some.
O que eram as sombras?
Não tinha como saber.
Talvez o zumbido soubesse.
Não sente mais suas pernas. Anda sem sentir.
Olha para a bússola. Nada. Morta como sempre.
Olha para o céu. Nada. Apenas um sol cinza.
Fecha os olhos.
O zumbido.
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