Creio na veracidade do irreal
Na grossa voz do absurdo
Na pura intenção de um animal
Que, irracional, não atente ao apelo mudo
Creio no vazio das palavras
Na amplidão do pensamento
No desconcerto das almas
Que vivem a fragilidade do momento
Creio na vida ampliada
Vejo morte desejada
Por aqueles que não definem um final
Creio na mente cantada
Vejo surdez embalada
Pela voz dos mudos em instrumental.
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