segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Dizem que sou louco...

... por pensar assim..."

E digo: talvez realmente o seja, por que não?
Há muito que a loucura deixou de ser pejorativa para mim, afinal se ainda o fosse eu com certeza não teria este espaço, teria escrito tanto (e ainda assim tão pouco, me parece), refletiria sobre nosso rumo, nossos distúrbios e deficiências.

Só um louco se deixaria, em pleno século XXI, imergir em assuntos tão ultrapassados, tão demasiadamente humanos para a sociedade autômato-tecnológica que nos esmaga.

-Todos são felizes.

-Todos devem ser felizes

-Problemas? Fuja da realidade.

-Não há porque questionar a sociedade.

-Nós formamos um conjunto. A vida privada de nada serve.

Tais ideias formam a base do mundo descrito no livro Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, um dos meus livros preferidos.

Tais ideias também (tristemente) refletem a mentalidade condicionada da maioria das pessoas.

É por isso que me acham louco.
É por isso que eu (e outros poucos) somos REALMENTE loucos, poetas, espíritos livres.
Colocamos nossos óculos vermelhos e nos posicionamos frente ao sol.

Para todos somos como sombras. Criaturas macabras, insanas, aterradoras, mas eles esquecem (ou desconhecem) que muito mais macabro, insano e aterrador é o abismo para o qual caminham em marcha ré.

"Eu juro que é melhor não ser um normal..!"


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