sábado, 4 de setembro de 2010

Despedida

Tragando da sua presença
Me fiz seu boneco mudo
E o abraço de seu veludo
Em mentiras mergulhou minha crença

A mente forte de um coração
Fraco e carente de afeição
Não conseguiu resistir e quebrou
Acreditando, no fim se enganou

Nenhum momento foi real
Ilusões de sonhos construídos
Nem mais um verbo no funeral
Almas e corações iludidos

Acabada a dor
Mudos ficaram os atores
O Império ainda erguido, embora
Roída a carne do Imperador

A fogueira queimou, queimou
E aqueles riam, bebiam
Os fogos calaram, cessaram
O peso da morte da farsa, disfarça

Sim, o amor machuca
Engana e mata
É um vício louco
Uma obsessão maluca

Nos lançamos sem pensar
Irresponsavelmente agindo
Não vimos como iria acabar
Acontece que agora estamos caindo

Agora é tarde
Digo-lhe apenas isso:
Enquanto assim você for
Um mundo como esse
Sempre estará errado

Nenhum comentário: