quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Crônicas de uma Realidade

É uma unanimidade. Todos, não importa se forem filósofos, astrônomos, físicos, médicos, jogadores de futebol ou estudantes, acreditam veementemente que os planetas e sistemas solares espalhados pela vastidão do universo permanecem em rotas semelhantes graças às forças de atração e repulsão, e que apenas em longos intervalos de tempo há algum evento cósmico realmente notável (a explosão de uma estrela, por exemplo). Não se ousa mais discordar dessa visão. Todos sabem da verdade, ela é plenamente observável.

A realidade é, e nada mais. Correto?

Provavelmente você respondeu que sim.

Talvez saiba que a resposta possa ser um não.

Verdade, realidade, confiabilidade... apenas palavras. Palavras essas que adquiriram significado importante e cada vez mais peso.

O que se prefere, uma verdade contada pelo seu inimigo ou a mentira do seu amigo? Um jornal que mostre a realidade ou um folhetim barato? Um profissional com um extenso currículo na sua área de atuação ou um recém-formado?

Verdade, realidade, confiabilidade... apenas visões. Visões essas que, de acordo com os interesses, com as experiências, influenciam todo o curso de um futuro.

E se eu lhes dissesse que para mim há algo que vai além do tempo-espaço? Que eu não vejo apenas as leis de atração e repulsão como as únicas responsáveis por manter o mundo no lugar e o sol no centro de tudo?

E se eu lhes dissesse que, acima de toda a ciência há um campo único e, espero, perpétuo e mutável? Que esse campo seria a consciência poética e filosófica, a consciência do ser, do ver, do ouvir, do sentir de verdade?

E se eu lhes dissesse que o que mantém a Terra em seu lugar, e nós encima dela, não são as leis da física, mas um conjunto de pilares que sustentam a nossa dita realidade?

Pois é tudo isso que lhes direi com essa nova série de crônicas.

Bem vindos e boa viagem.



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