Dói.
Está doendo.
Não é a dor de um
hematoma, de uma contusão ou de um braço quebrado. É a dor sentida no fundo do
vazio do peito, uma dor sentida nas memórias, nos sorrisos, beijos e brigas.
É a dor de saber que se
fez o bem, embora pareça ser o mal. É a dor de desacostumar com o que se estava
acostumado. É a dor de estar vivo e permanecer mudando. A cada nova
transformação, uma nova dor e várias novas alegrias.
O fechamento do ciclo é
necessário. Digo isso a mim mesmo. É difícil, mas nunca ouvi ninguém dizer que
a vida é fácil.
Para ganhar muitas
vezes precisamos perder. Perdendo sempre ganhamos experiência, sempre ganhamos
novas dores, novos sentimentos.
Dor e alegria são os
temperos que dão gosto ao nosso dia-a-dia.
Dor de um recomeço.
Dói, ainda dói. Mas a
dor de hoje se converte na experiência de amanhã.
Dói, ainda doi. Mas no
futuro o que existirá será um sorriso distante no Tempo.